Ação no RJ prende cinco suspeitos de integrar quadrilha e apreende dinheiro
Entre os presos está um policial militar suspeito de contravenção.
Foram apreendidos dezenas de joias, relógios e mais de R$ 30 mil.
Policiais civis prenderam na manhã desta terça-feira (20), no Rio, cinco suspeitos de envolvimento com uma quadrilha de contraventores no estado. Três dos presos, entre eles dois policiais militares, respondem por contravenção. As outras duas pessoas (duas mulheres) foram presas em flagrante, por posse ilegal de armas.
A ação Tempestade no Deserto tem por objetivo cumprir oito mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Cinco pessoas seguem foragidas. A meta é desarticular uma quadrilha investigada por envolvimento em homicídios e outros crimes cometidos em meio à disputa pelo espólio do contraventor Waldomir Paes Garcia, o Maninho, morto em 2004.
Joia em formato de fuzil é apreendida
(Foto: Dennys Coelho/Secretaria de Segurança)
(Foto: Dennys Coelho/Secretaria de Segurança)
Ainda de acordo com a secretaria, foram apreendidos dezenas de joias, relógios de marcas famosas, R$ 38.600, 9.550 euros e US$ 7.100. A operação continua em andamento.
A operação é um trabalho conjunto da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSINTE), Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
A Polícia Civil informou que também foram apreendidos um carro e armas.
Operação apreende dinheiro e joias (Foto: Dennys Coelho/Secretaria de Segurança)
Ex-oficiais do Bope denunciadosAs prisões estão relacionadas a uma denúncia oferecida pelo Gaeco na 2ª Vara da Comarca de Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas. A denúncia aponta oito pessoas como integrantes de uma quadrilha envolvida na exploração de caça níqueis e tentativas de homicídio. São elas: um policial civil, quatro policiais militares (entre eles dois ex-oficiais do Bope e outro apontado como chefe de segurança do bando) e mais três pessoas. De acordo com o MP-RJ, a quadrilha seria liderada por uma mulher apontada como responsável pela exploração ilícita de caça-níqueis.
Num dos incidentes descritos na denúncia, o policial civil e três dos PMs teriam tentado matar um homem e outras três pessoas na madrugada do dia 10 de maio de 2008, por ordem da chefe da quadrilha que disputa o espólio de Maninho.
Na ocasião, as vítimas conseguiram fugir, apesar de um dos carros que as transportavam ter sido atingido por 37 tiros. O alvo dessa tentativa de emboscada acabou sendo morto em janeiro de 2009, em Ipanema, de acordo com o MP-RJ.
O quarto policial militar denunciado é suspeito de ser o segurança da chefe da quadrilha e de ser responsável por saldar as despesas de manutenção de uma fazenda onde eram armazenadas as armas da quadrilha.
Segundo a denúncia do MP-RJ, os policiais utilizavam armamento pessoal e armas de origem clandestina nas atividades criminosas exercidas pela quadrilha.
Operação contra jogo do bicho
Policiais estão vasculhando um dos endereços de um suspeito de envolvimento com o jogo do bicho, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (20). O suspeito, que é ligado à uma escola de samba, está foragido desde a semana passada. Na casa dele, policiais encontraram grande quantidade de dinheiro ainda não contabilizada e anotações escondidas no esgoto.
Agentes da Corregedoria da Polícia Civil e da Coordenadoria de Recursos Especiais passaram a noite de segunda-feira (19) cercando a casa, à espera de um mandado de busca e apreensão. Os advogados da família, que estiveram no local, foram revistados ao deixar a residência.
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