quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Defesa Civil diz que Prefeitura de BH já pode decretar situação de emergência

Segundo órgão, danos são suficientes para anunciar estado de emergência.
Relatório com prejuízos será encaminhado ao prefeito.

Do G1 MG

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) informou, nesta quinta-feira (15), que os danos causados pela chuva em Belo Horizonte são suficientes para decretar situação de emergência da cidade. O coordenador do órgão, coronel Alexandre Lucas, explicou que a previsão é de um alto volume de chuva para as próximas 72 horas. A recomendação é que os moradores de áreas de risco saiam de suas casas.
Até as 18h50 desta quinta-feira (15), não havia registro de mortos e feridos em estado grave devido ao temporal. Um ofício será encaminhado à Prefeitura de BH com o relatório de prejuízos registrados após o temporal. Além disso, o documento vai mostrar os motivos que levam a necessidade de uma resposta rápida para o problema.
Ainda de acordo com o coronel, durante o temporal, a Defesa Civil recebeu cerca de 200 chamados de deslizamentos na capital mineira. Até o fim da tarde desta quinta-feira (15), equipes da Comdec realizaram a retirada de famílias em áreas de risco. Segundo a Defesa Civil, as pessoas estão sendo levadas para abrigos e casas de parentes. Durante a noite, o atendimento dos casos de urgência será mantido.
Caso o decreto seja aprovado, a prefeitura poderá contratar serviços de mão-de-obra em caráter de emergência, sem licitação. O último decreto de emergência em BH foi feito em novembro de 2010.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que, das 0h às 16h desta quinta-feira (15), choveu metade da média histórica do mês de dezembro em Belo Horizonte e Região Metropolitana. O volume de água registrado nesse período foi de aproximadamente 150 milímetros, sendo que a média para o mês é de 291 milímetros. Ainda de acordo com a Cemig, apenas das 8h às 9h, choveu cerca de 30 milímetros, quantidade considerada alta.

Temporal na Grande BH
O temporal que atinge a Região Metropolitana de Belo Horizonte desde a noite desta quarta-feira (14) causa transtornos e interdita duas avenidas na capital. O Corpo de Bombeiros registrou nesta quinta-feira (15), três desabamentos, oito inundações, cinco deslizamentos, 26 quedas de árvores e 17 perigos de desabamentos. Não há registro de morte.
As avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos são as vias mais afetadas pelo temporal na capital mineira, e estão completamente interditadas em alguns pontos. A Avenida Cristiano Machado está alagada próximo ao bairro 1º de Maio. E a Antônio Carlos, no entorno da barragem da Pampulha.
Carro e caminhão ficam debaixo d'água na Avenida Oscar Castanheira, no bairro Dona Clara, Região da Pampulha, em Belo Horizonte.  (Foto: Pedro Triginelli/G1) 
 Carro e caminhão ficam debaixo d'água na Avenida Oscar Castanheira, no bairro Dona Clara, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. (Foto: Pedro Triginelli/G1)
 
A Região da Pampulha também foi atingida por inundações, com alagamentos nas proximidades do Aeroporto da Pampulha. O terminal aeroviário funciona na tarde desta quinta-feira (15) por instrumentos. Segundo a Infraero, não houve cancelamentos ou atrasos em voos. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves também funciona por instrumentos. Dois voos, que sairiam do Rio de Janeiro, foram cancelados.
Por volta das 14h, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que um bloco de pedra rolou sobre a BR-381, no km 419, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Parte da terceira faixa da pista, no sentido capital, foi tomada. No início da noite, a pedra foi retira, liberando a passagem de veículos em todas as faixas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário