Viaduto recém-inaugurado, vira albergue
Um comerciante, que prefere não ser identificado, informou à reportagem do CORREIO que os moradores de rua chegam em grupos de dois ou três, abordam os clientes e pedem dinheiro. “Desde que o viaduto ficou pronto, eles ocuparam isto aqui e não dão sossego”, disse. Ainda segundo ele, a Prefeitura Municipal de Uberlândia levou assistentes sociais ao local e chamou a Polícia Militar, mas os moradores de rua não saíram do local.
Uma analista de recursos humanos, que também não quis ser identificada, contou que estava parada no semáforo, no último sábado, quando foi abordada por um rapaz visivelmente drogado, que bateu no vidro e pediu dinheiro. “Eu sugiro que seja feito um policiamento intensificado no local para coibir a presença destas pessoas”, disse.
A prefeitura informou que, como se tratam de usuários de drogas, a responsabilidade de recolhê-los é da PM.
Moradores do Viatudo
Durante a presença da reportagem do CORREIO no viaduto Pastor José Braga da Silva, a mãe adotiva de uma garota de 22 anos, que mora embaixo do viaduto há cerca de 20 dias, procurou a equipe e contou que a filha é usuária de drogas desde os 18 anos. “Eu cuido de três filhos dela e não aguento mais esta situação. Ver ela desse jeito me entristece muito”, afirmou.Questionada se precisava de ajuda, a jovem disse que não quer sair do viaduto. “Eu cansei de pedir ajuda. Não dou conta de sair desta vida, se eu te falar que quero ir embora daqui e mudar de vida, estarei mentindo”, afirmou.
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