PMES: Policial militar que sofreu acidente com viatura pode ter que vender a própria casa para pagar conserto
Posted: 27 Aug 2012 05:00 PM PDT
Um
policial militar da reserva está vivendo um verdadeiro drama. Ele pode
ter que vender a própria casa para cobrir as despesas do conserto de uma
viatura que foi danificada durante um acidente ocorrido em 1998.
O carro não tinha seguro e foi destruído.
Agora, o Governo do Estado quer que ele pague o prejuízo. O policial diz
que se sente injustiçado. “É o único bem que eu tenho. A casa é
financiada pela Caixa pelo projeto Minha Casa, Minha Vida e é o único
imóvel que eu consegui adquirir ao longo de 20 anos atuando honestamente
na Polícia Militar”, lamentou.
O responsável pelo setor de transportes da
PM não conhece o caso relatado, que já não está mais na esfera de
polícia, mas sim da Procuradoria do Estado. Ele diz que um policial pode
ser responsabilizado por danos a viaturas e que precisa dirigir com
cuidadomesmo se for atender a uma ocorrência.
“Ele não pode deixar de observar as normas
de circulação determinadas pelo Código de Trânsito Brasileiro. Ele
precisa andar rápido, mas com cautela”, comentou o tenente-coronel
Pratti.
Atualmente, as viaturas da polícia são
modernas e algumas custam mais de R$ 100 mil, mas nem de longe elas se
comparam ao veículo que foi danificado no acidente com o policial.
Trata-se de um carro que saiu de linha em 1994 e hoje no mercado de
carros usados não custa mais do que R$ 5 mil. Porém, a dívida que está
sendo cobrada passa de R$ 37 mil.
A PM tem hoje 1648 viaturas no Estado e
nenhuma tem seguro. “Foi feito um levantamento há algum tempo e nenhuma
seguradora demonstrou interesse em fazer o seguro de viaturas. Isso
porque as viaturas estão sujeitas a se envolverem em acidentes. Além
disso, o custo disso não seria interessante para a polícia”, completou o
tenente-coronel.
A Associação de Cabos e Soldados saiu em
defesa de Albuquerque. “Não podemos mais permitir que o policial
trabalhe e corra o risco de perder o único patrimônio que tem, que é uma
casa, porque ele bateu uma viatura que não tinha seguro”, reivindicou o
presidente da entidade, Flávio Gava.
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