Ex-secretário disse que evitou que a criminalidade crescesse mais
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A partir da próxima segunda-feira, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) terá novo comandante. A pasta será assumida pelo procurador de Justiça Rômulo Ferraz, 51, que aceitou o convite do governador de Minas, Antonio Anastasia, para assumir o cargo. Lafayette Andrada deixou o cargo após exatos 440 dias à frente da Seds. Ele irá retomar o posto de deputado estadual, onde irá assumir a liderança do governo na Assembleia.
Como já havia sido antecipado por O TEMPO, na edição do último dia 7, o nome do procurador já vinha sendo comentado nos bastidores para assumir a pasta, desde janeiro. O nome do procurador surgiu depois que Andrada passou a ser contestado pelos maus resultados no comando da segurança pública. A demora na troca só teria ocorrido devido à intenção de Ferraz de assumir o cargo de procurador geral do Estado, posto que não poderia conciliar com suas futuras funções.
Ferraz se licencia da procuradoria, cargo que ocupa desde março de 2001, para assumir o comando da Seds em um momento de crise. Entre os desafios estão a dificuldade de integração das polícias Militar e Civil e a reversão da curva de ascensão da criminalidade no Estado que chegou a patamares excessivos no mandato de Andrada. Números divulgados no último dia 29, depois de 13 meses sob sigilo do Estado, revelaram que Minas vive uma epidemia de violência com índices de criminalidade três vezes maiores que os considerados suportáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A capital tem 30,65 homicídios para cada 100 mil habitantes. O aceito pela OMS é 10.
"Acho positiva a mudança levando-se em consideração o difícil momento vivido pela segurança pública", avaliou o sociólogo e coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, Cláudio Beato. Crítico da gestão de Andrada, por considerá-la meramente política e pouco eficaz, o também sociólogo e professor da PUC Minas, Luis Flávio Sapori disse que a saída "era inevitável".
"Esperamos que o novo secretário tenha mais conhecimento técnico. Isso é fundamental para que ele faça as adaptações necessárias para melhorar o trabalho de integração das polícias".
Lafayette Andrada anunciou sua saída da Seds, ontem pela manhã, através de uma mensagem no microblog Twitter, logo após uma reunião de 30 minutos com o governador. A confirmação da mudança de secretário veio três horas depois, quando a assessoria do governador divulgou nota à imprensa. "O governador me convidou para assumir as lideranças na Assembleia. Estou entusiasmado", disse Andrada na mensagem.
Apesar das críticas, o ex-secretário disse, por telefone, que teve uma gestão de bons resultados. "Foi um mandato positivo. Embora muitos digam o contrário, houve um salto gigantesco na integração das polícias. O esforço evitou que a criminalidade crescesse ainda mais". Assembleia
Suplente. Com a volta de Lafayette Andrada para a Assembleia, a deputada estadual Ana Maria Resende (PSDB), que é sua suplente, deixa de exercer o mandato.
Como já havia sido antecipado por O TEMPO, na edição do último dia 7, o nome do procurador já vinha sendo comentado nos bastidores para assumir a pasta, desde janeiro. O nome do procurador surgiu depois que Andrada passou a ser contestado pelos maus resultados no comando da segurança pública. A demora na troca só teria ocorrido devido à intenção de Ferraz de assumir o cargo de procurador geral do Estado, posto que não poderia conciliar com suas futuras funções.
Ferraz se licencia da procuradoria, cargo que ocupa desde março de 2001, para assumir o comando da Seds em um momento de crise. Entre os desafios estão a dificuldade de integração das polícias Militar e Civil e a reversão da curva de ascensão da criminalidade no Estado que chegou a patamares excessivos no mandato de Andrada. Números divulgados no último dia 29, depois de 13 meses sob sigilo do Estado, revelaram que Minas vive uma epidemia de violência com índices de criminalidade três vezes maiores que os considerados suportáveis pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A capital tem 30,65 homicídios para cada 100 mil habitantes. O aceito pela OMS é 10.
"Acho positiva a mudança levando-se em consideração o difícil momento vivido pela segurança pública", avaliou o sociólogo e coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, Cláudio Beato. Crítico da gestão de Andrada, por considerá-la meramente política e pouco eficaz, o também sociólogo e professor da PUC Minas, Luis Flávio Sapori disse que a saída "era inevitável".
"Esperamos que o novo secretário tenha mais conhecimento técnico. Isso é fundamental para que ele faça as adaptações necessárias para melhorar o trabalho de integração das polícias".
Lafayette Andrada anunciou sua saída da Seds, ontem pela manhã, através de uma mensagem no microblog Twitter, logo após uma reunião de 30 minutos com o governador. A confirmação da mudança de secretário veio três horas depois, quando a assessoria do governador divulgou nota à imprensa. "O governador me convidou para assumir as lideranças na Assembleia. Estou entusiasmado", disse Andrada na mensagem.
Apesar das críticas, o ex-secretário disse, por telefone, que teve uma gestão de bons resultados. "Foi um mandato positivo. Embora muitos digam o contrário, houve um salto gigantesco na integração das polícias. O esforço evitou que a criminalidade crescesse ainda mais". Assembleia
Suplente. Com a volta de Lafayette Andrada para a Assembleia, a deputada estadual Ana Maria Resende (PSDB), que é sua suplente, deixa de exercer o mandato.
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