sexta-feira, 30 de março de 2012

Prefeito pede prazo de 15 dias para esclarecer fraude em Uberaba

Maria Thereza não é mais secretária de Desenvolvimento Social.
Segundo a denúncia, documentos eram forjados para justificar os gastos.


Anderson Adauto falou nesta sexta-feira (30) (Foto: Reprodução/TV Integração)Anderson Adauto falou nesta sexta-feira (30)
(Foto: Reprodução/TV Integração)
O Prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, falou nesta sexta-feira (30), sobre as denúncias de fraude nos serviços de manutenção das ambulâncias. Ele alegou que as medidas necessárias estão sendo tomadas e que agora o serviço de ambulâncias na cidade é terceirizado e a manutenção de responsabilidade da empresa contratada. Em até 15 dias Adauto prometeu dar mais informações sobre o caso para a população.
“Eu tive a informação que houve problemas para consertar as ambulâncias. Eu falei com o secretário de saúde, Valdemar Hial, que abriu uma sindicância e depois averiguei o que estava sendo feito. Terceirizei as ambulâncias e se hoje ela estragar a empresa tem que colocar outra no lugar”, afirmou o prefeito.
Maria Thereza Rodrigues da Cunha, não é mais a secretária de Desenvolvimento Social. O afastamento foi anunciado nesta sexta-feira (30). Ela está sendo processada pelo período que ocupou a pasta da saúde em 2008. Segundo ela, a desocupação do cargo é por causa de uma nova oportunidade de trabalho na organização Pan-americana de saúde, em Brasília. “Estou a disposição da Justiça e tenho certeza que no momento oportuno tudo será esclarecido e eu vou ter a oportunidade de me defender”, concluiu Maria Thereza.
Esta semana, 19 pessoas foram indiciadas por irregularidades envolvendo a contratação de serviço de manutenção de ambulância sem licitação. Em menos de três anos, foram pagos R$ 500 mil a uma empresa. Segundo a denúncia da promotoria, os documentos eram forjados para justificar os gastos e mais de cem mapas de cotação foram fraudados.
Segundo a Secretaria de Saúde, em 2010 foi aberta uma sindicância para apurar a contratação da oficina sem licitação. Mas, de acordo com o Ministério Público (MP), também há irregularidades nos memorandos internos que indicam o início da investigação. Eles aparecem com datas de publicação e elaboração diferentes, seria uma estratégia para provar que o caso já estava sendo apurado.
O secretário de saúde, Valdemar Hial, afirmou não ter conhecimento do esquema. O que chamou a atenção da investigação é que mesmo depois do início da apuração interna, a mesma empresa continuou prestando o serviço. Em relação a isso, o secretário também disse não ter conhecimento. ”Não conheço nem quem é o dono da firma”, disse o secretário.
Anderson Adauto afirmou também não foi citado oficialmente e que desconhece detalhes da investigação. Mas garantiu o afastamento de funcionários envolvidos. “O que nós vamos fazer é afastá-los. Eu não preciso mais do que 15 dias para dar mais informações para a população”, ressaltou.

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