domingo, 25 de março de 2012

Uberlândia está entre as 100 melhores do país em gestão fiscal



Uberlândia obteve conceito “excelência” em gestão fiscal na pesquisa da Federação das Indústrias Estado do Rio de Janeiro
Uberlândia está entre as 100 melhores cidades do país em gestão fiscal. A cidade ocupa o 81º lugar no ranking nacional, o que a coloca no restrito grupo de 2% dos municípios brasileiros com conceito de excelência à frente de 5.484 municípios do país, incluindo 23 capitais. O levantamento foi divulgado pela Federação das Indústrias Estado do Rio de Janeiro (Firjan) por meio do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). Em Minas Gerais, Uberlândia está na quarta colocação no ranking geral, à frente de cinco dos maiores municípios do Estado, incluindo a capital Belo Horizonte.
A edição 2012 do IFGF leva em conta os dados fiscais das cidades brasileiras referentes ao ano de 2010. Na pontuação geral, Uberlândia obteve nota 0.8064, o que é considerado conceito A, ou seja, de excelência. Os conceitos são atribuídos de acordo com uma escala de notas que vão de 0 a 1.
O IFGF, que é calculado desde 2007, mostra como é a qualidade da gestão dos recursos de um município e tem como base cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. Nos três primeiros, a Uberlândia obteve conceito B e, nos dois últimos, recebeu conceito A.
De acordo com Eduardo Giarola, economista e professor da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia (Fagen-UFU), o resultado obtido pela cidade é satisfatório, mas, além dos números, o índice é mais importante para direcionar o trabalho do gestor público. “A gestão pública tem que ser cada vez mais profissional e um índice como esse é mais uma ferramenta. É preciso avaliar os conceitos considerados de excelência e trabalhar em cima dos outros que precisam ser melhorados”, disse.
O secretário municipal de Finanças, Aldorando Dias, comemorou o resultado. “Temos feito orçamentos bem ajustados e a intenção é manter o padrão para continuar com o de excelência”, afirmou.

Indicadores

Com conceito de excelência em Liquidez e Custo da Dívida, com notas acima de 0,8, o economista Eduardo Giarola afirmou que “Uberlândia apresenta um excelente controle entre receitas e despesas, demonstrando uma alta margem de ativos financeiros disponíveis para cobrir os gastos e o total de restos a pagar do ano anterior. Além disso, demonstra pouco comprometimento do orçamento municipal com juros de dívidas de anos anteriores”.
Nos quesitos, com nota entre 0,6 e 0,8, como Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Giarola afirma que o município precisa focar os trabalhos em busca de melhorias.
Quanto à Receita Própria, a solução seria buscar novas fontes de arrecadação municipais e diminuir a dependência dos recursos estaduais e federais.

Investimentos obtêm pior resultado

O secretário municípal de Finanças, Aldorando Dias
Em relação a Investimentos e Gastos com Pessoal, que obtiveram os piores resultados, o economista afirma que são os principais desafios, principalmente, porque caminham juntos. “Para realizar bons investimentos mais é preciso investir em pessoal. Esse equilíbrio não é fácil, será necessário fazer escolhas. Acredito que o melhor é investir em qualidade, não em quantidade, em vez de cargos comissionados, ter mais profissionais de carreira qualificados e valorizados devidamente por isso”, disse.
Aldorando Dias, secretário municipal de Finanças, afirma que o município cumpre as determinações da lei de responsabilidade fiscal, que permite que até 56% do orçamento seja gasto com pessoal, hoje, segundo ele, Uberlândia gasta 43% da receita com funcionários. “Aumentamos a receita própria e temos um gasto maior com pessoal, educação e saúde, logo isso tira a possibilidade de ainda mais investimentos”, afirmou.

Uberlândia está em 4º lugar no Estado

O economista Eduardo Giarola considera satisfatória a pesquisa
No ranking mineiro, apesar de ocupar a quarta colocação, atrás de municípios menores como Jeceaba (5,3 mil habitantes), Chiador (2,7 mil habitantes) e Muriaé (100,7 mil habitantes), Uberlândia, com nota 0.8064, está em primeiro lugar entre os cinco maiores municípios mineiros superando a capital Belo Horizonte, que aparece em 78º no ranking estadual.
No cenário nacional, onde ocupa a 81ª colocação, Uberlândia está à frente de 23 capitais. Aparecem com índices melhores, Porto Velho-RO (0,8805), Vitória-ES (0,8423) e Porto Alegre-RS (0,8017).
Dos 5.565 municípios brasileiros, 65% apresentaram situação fiscal difícil ou crítica e somente 2% situação de excelência. A média de pontuação nacional é de 0,5321.
As regiões Sul e Sudeste concentram os municípios com a melhor qualidade de gestão fiscal com 81 cidades entre as 100 melhores do país. Do outro lado, Norte e Nordeste apresentam 93 municípios entre os 100 piores do Brasil.

Cidade foi 1ª em desenvolvimento social

Em novembro de 2011, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), considerando dados de 2009, apontou que Uberlândia ocupa o primeiro lugar no ranking de desenvolvimento social e econômico do Estado de Minas Gerais e a 51ª posição entre os 5.564 municípios brasileiros. Em 2010, considerando dados de 2007, Uberlândia ocupava a quinta colocação no Estado e a 135ª no país.
Com divulgação anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia a evolução das cidades do Brasil em três áreas de desenvolvimento – Emprego e Renda, Educação e Saúde.

Índice Firjan de Gestão Fiscal

Minas Gerais
Resultado Uberlândia
IFGF – 0.8064
Critérios
Receita Própria – 0.7908
Gastos com Pessoal – 0.6709
Investimentos – 0.7803
Liquidez – 0.961
Custo Dívida – 0.8575
Conceitos
0,8 a 1 – A
0,6 a 0,7999 – B
0,4 a 0,5999 – C
0,2 a 0,3999 – D
0 a 0,1999 – E
Ranking Estadual / Nacional / Cidade / Pontuação / Conceito
1º / 4º Jeceaba – 0,9388 – A
2º / 14º Chiador – 0,8699 – A
3º / 32º Muriaé – 0,8401 – A
4º / 81º Uberlândia – 0,8064 – A
5º / 98º São Gonçalo do Rio Abaixo – 0,7994 – B
Ranking cinco maiores cidades de Minas Gerais
1º Uberlândia (2ª) – 0.8064 – 4º / 81º / A
2º Belo Horizonte (1ª)- 0.6902 – 78º / 816º / B
3º Juiz de Fora (4ª) – 0.679 – 94º / 922º / B
4º Contagem (3ª) – 0.6077 – 248º / 1813º / B
5º Betim (5ª) – 0.5792 – 316º / 2199º / C
Ranking Capitais
1º Porto Velho – 0,8805 / A
2º Vitória – 0,8423 / A
3º Porto Alegre – 0,8017 / A
4º São Paulo – 0,7797 / B
5º Curitiba – 0,7684 / B

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