Uberlândia está entre as 100 melhores do país em gestão fiscal
A edição 2012 do IFGF leva em conta os dados fiscais das cidades brasileiras referentes ao ano de 2010. Na pontuação geral, Uberlândia obteve nota 0.8064, o que é considerado conceito A, ou seja, de excelência. Os conceitos são atribuídos de acordo com uma escala de notas que vão de 0 a 1.
O IFGF, que é calculado desde 2007, mostra como é a qualidade da gestão dos recursos de um município e tem como base cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. Nos três primeiros, a Uberlândia obteve conceito B e, nos dois últimos, recebeu conceito A.
De acordo com Eduardo Giarola, economista e professor da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia (Fagen-UFU), o resultado obtido pela cidade é satisfatório, mas, além dos números, o índice é mais importante para direcionar o trabalho do gestor público. “A gestão pública tem que ser cada vez mais profissional e um índice como esse é mais uma ferramenta. É preciso avaliar os conceitos considerados de excelência e trabalhar em cima dos outros que precisam ser melhorados”, disse.
O secretário municipal de Finanças, Aldorando Dias, comemorou o resultado. “Temos feito orçamentos bem ajustados e a intenção é manter o padrão para continuar com o de excelência”, afirmou.
Indicadores
Com conceito de excelência em Liquidez e Custo da Dívida, com notas acima de 0,8, o economista Eduardo Giarola afirmou que “Uberlândia apresenta um excelente controle entre receitas e despesas, demonstrando uma alta margem de ativos financeiros disponíveis para cobrir os gastos e o total de restos a pagar do ano anterior. Além disso, demonstra pouco comprometimento do orçamento municipal com juros de dívidas de anos anteriores”.Nos quesitos, com nota entre 0,6 e 0,8, como Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Giarola afirma que o município precisa focar os trabalhos em busca de melhorias.
Quanto à Receita Própria, a solução seria buscar novas fontes de arrecadação municipais e diminuir a dependência dos recursos estaduais e federais.
Investimentos obtêm pior resultado
Em relação a Investimentos e Gastos com Pessoal, que obtiveram os piores resultados, o economista afirma que são os principais desafios, principalmente, porque caminham juntos. “Para realizar bons investimentos mais é preciso investir em pessoal. Esse equilíbrio não é fácil, será necessário fazer escolhas. Acredito que o melhor é investir em qualidade, não em quantidade, em vez de cargos comissionados, ter mais profissionais de carreira qualificados e valorizados devidamente por isso”, disse.Aldorando Dias, secretário municipal de Finanças, afirma que o município cumpre as determinações da lei de responsabilidade fiscal, que permite que até 56% do orçamento seja gasto com pessoal, hoje, segundo ele, Uberlândia gasta 43% da receita com funcionários. “Aumentamos a receita própria e temos um gasto maior com pessoal, educação e saúde, logo isso tira a possibilidade de ainda mais investimentos”, afirmou.
Uberlândia está em 4º lugar no Estado
No ranking mineiro, apesar de ocupar a quarta colocação, atrás de municípios menores como Jeceaba (5,3 mil habitantes), Chiador (2,7 mil habitantes) e Muriaé (100,7 mil habitantes), Uberlândia, com nota 0.8064, está em primeiro lugar entre os cinco maiores municípios mineiros superando a capital Belo Horizonte, que aparece em 78º no ranking estadual.No cenário nacional, onde ocupa a 81ª colocação, Uberlândia está à frente de 23 capitais. Aparecem com índices melhores, Porto Velho-RO (0,8805), Vitória-ES (0,8423) e Porto Alegre-RS (0,8017).
Dos 5.565 municípios brasileiros, 65% apresentaram situação fiscal difícil ou crítica e somente 2% situação de excelência. A média de pontuação nacional é de 0,5321.
As regiões Sul e Sudeste concentram os municípios com a melhor qualidade de gestão fiscal com 81 cidades entre as 100 melhores do país. Do outro lado, Norte e Nordeste apresentam 93 municípios entre os 100 piores do Brasil.
Cidade foi 1ª em desenvolvimento social
Em novembro de 2011, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), considerando dados de 2009, apontou que Uberlândia ocupa o primeiro lugar no ranking de desenvolvimento social e econômico do Estado de Minas Gerais e a 51ª posição entre os 5.564 municípios brasileiros. Em 2010, considerando dados de 2007, Uberlândia ocupava a quinta colocação no Estado e a 135ª no país.Com divulgação anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia a evolução das cidades do Brasil em três áreas de desenvolvimento – Emprego e Renda, Educação e Saúde.
Índice Firjan de Gestão Fiscal
Minas GeraisResultado Uberlândia
IFGF – 0.8064
Critérios
Receita Própria – 0.7908
Gastos com Pessoal – 0.6709
Investimentos – 0.7803
Liquidez – 0.961
Custo Dívida – 0.8575
Conceitos
0,8 a 1 – A
0,6 a 0,7999 – B
0,4 a 0,5999 – C
0,2 a 0,3999 – D
0 a 0,1999 – E
Ranking Estadual / Nacional / Cidade / Pontuação / Conceito
1º / 4º Jeceaba – 0,9388 – A
2º / 14º Chiador – 0,8699 – A
3º / 32º Muriaé – 0,8401 – A
4º / 81º Uberlândia – 0,8064 – A
5º / 98º São Gonçalo do Rio Abaixo – 0,7994 – B
Ranking cinco maiores cidades de Minas Gerais
1º Uberlândia (2ª) – 0.8064 – 4º / 81º / A
2º Belo Horizonte (1ª)- 0.6902 – 78º / 816º / B
3º Juiz de Fora (4ª) – 0.679 – 94º / 922º / B
4º Contagem (3ª) – 0.6077 – 248º / 1813º / B
5º Betim (5ª) – 0.5792 – 316º / 2199º / C
Ranking Capitais
1º Porto Velho – 0,8805 / A
2º Vitória – 0,8423 / A
3º Porto Alegre – 0,8017 / A
4º São Paulo – 0,7797 / B
5º Curitiba – 0,7684 / B
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