Promotor de Justiça de Prata, MG, é alvo de investigação
Conselho Nacional do Ministério Público apura irregularidades.
Promotor não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Um ex-promotor de Justiça que trabalhou em Prata, no Triângulo Mineiro, e acaba de se aposentar é alvo de uma investigação do Conselho Nacional do Ministério Público. As denúncias foram feitas por vereadores depois que supostas irregularidades na administração municipal deixaram de ser investigadas pelo promotor.
Licitações de compras da prefeita, eventos culturais, bandas que custam R$30 mil e verbas mal gastas na Câmara de Vereadores foram algumas das denúncias feitas ao Ministério Público e que, segundo o vereador Amauri Macedo e o servidor público José Pio de Novaes, não foram investigadas pelo ex-promotor.
Para os autores de várias representações, o promotor favorecia políticos da cidade. Por causa dessas cobranças, Amauri e José Pio começaram a ser perseguidos, segundo eles. Um dos processos contra o vereador Amauri foi arquivado quando o promotor substituto assumiu a comarca. Contra José Pio, vários pedidos de prisão foram feitos.
No começo do mês passado o promotor denunciado teve a remoção compulsória determinada pela Justiça, um procedimento disciplinar administrativo para investigar denúncias, e logo depois conseguiu se aposentar.
A equipe de reportagem da TV Integração, afiliada Globo, tentou entrar em contanto com o promotor, mas ele não foi encontrado. A assessora de imprensa do Ministério Público Estadual, que se identificou apenas como Lúcia, informou por telefone que apesar de aposentado os processos de investigação continuam. A assessoria não quis passar uma nota oficial sobre o caso.
O assessor jurídico do prefeito, Silvio Magri, disse que todas as denúncias contra o Executivo foram arquivadas e que a prestação de contas de 2010 já foi aprovada. Quanto à denúncia de superfaturamento na contratação de uma banda, informou que é feita uma cotação para saber valor médio cobrado pelo serviço e isso serve de base para o início da licitação. Dessa maneira, a comissão responsável por contratar o serviço tem um padrão para saber se as propostas estão acima de valores praticados. A modalidade é o pregão, em que participam as três melhores propostas.
Na Câmara de Prata a informação é de que apenas o presidente da Casa ou o secretário geral poderia falar sobre o assunto, mas eles não foram localizados.
O promotor que arquivou o pedido de prisão contra o vereador Amauri Macedo, Epaminondas Costa, não atendeu o celular durante à tarde desta segunda-feira (19).
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